quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Crítica?

Não havia gostado muito da última não, por isso resolvi postar logo outra .

Entenda como quiser; ou, se preferir, não entenda.

Três peixes estão voando e dançando soltos pelo ar. Há um tigre nadando e caçando uma ararinha, azul de tanto cantar. Uma onça recém-pintada repousa sob a brisa calma, até a tinta secar. Duas girafas imponentes gritam num agudo estridente: lá vem o bicho-papão. A onça se esconde na toca, o tigre, coitado, se afoga, e ninguém sabe onde está o leão. O invasor desgraçado tira da árvore um braço e, a cada passo, pisa em três ou quatro pirilampos. Ao longe, ele ouve o choro de um potro, aos prantos. Ouve também um lobo, uivando como louco e dizendo que, pouco a pouco, a aurora se foi. A tarde, vazia, se perdeu na tristeza; a noite, sozinha, chegou com destreza; o sol ficou pra depois. O que antes era uma floresta tão bela, hoje é uma selva de pedras, do paraíso à perdição. O monstro então vira homem, todos os bichos se escondem, e ninguém sabe onde está o leão.

Eu viajei. Fato.
Mas, acredite, faz sentido.

Hugo Trapp's

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